Especialista Flávio Silveira diz que Esporotricose não precisa causar pânico

11/24/2023

03:07:31 PM

SAÚDE

Os casos de esporotricose, aumentaram 500% nos últimos três anos na Região Metropolitana de Porto Alegre. A informação foi divulgada pela Secretaria da Agricultura (Seapi) ontem. “Os principais hospedeiros e transmissores são os felinos, especialmente os gatos de rua ou errantes. O fungo geralmente entra no organismo por meio de ferimentos na pele, causados por arranhões ou mordidas de gatos infectados”, diz o veterinário e pesquisador do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal (IPVDF) Flávio Silveira. 

Nas últimas três décadas, a Esporotricose assumiu o posto de maior epidemia zoonótica (que é transmita dos animais para os humanos) registrada no Brasil, principalmente devido à introdução de um novo agente infeccioso. “Trata-se do  Sporothrix brasiliensis, com maior capacidade de produzir efeitos graves ou fatais e que traz mudanças na cadeia de transmissão, tendo nos gatos os principais contaminados e transmissores da doença”, esclareceu Silveira.   “Desta forma, a esporotricose é geralmente transmitida de gato para gato ou de gato para humano através de arranhões ou ferimentos, quando o fungo está presente na pele do animal. É importante observar que não é uma doença que se espalha facilmente entre humanos”, completou o pesquisador.   Silveira destaca que não há motivo para pânico. “A doença pode ser tratada com sucesso em gatos e seres humanos. O tratamento é eficaz, e muitos animais se recuperam completamente. Se você suspeita que seu gato possa estar infectado, recomendamos procurar um médico veterinário para um diagnóstico adequado e tratamento”, sugeriu.

A esporotricose é uma doença causada por fungos do complexo Sporothrix, que pode afetar tanto animais quanto seres humanos. Tradicionalmente, era associada a Sporothrix schenckii, uma espécie relacionada ao ambiente, configurando uma doença ocupacional relacionada principalmente a trabalhadores que têm relação direta com a terra sem os equipamentos de proteção necessários - tanto que era conhecida como "a doença do jardineiro".     

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